Selic a 14,75% ou 15%? Veja as apostas de 10 bancos para o Copom desta quarta-feira (18) – Money Times

Decisão do Copom será divulgada por volta das 18h30 desta quarta-feira. (Imagem: Divulgação/Banco Central)
O mercado está dividido quanto à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) desta quarta-feira (18). Segundo as Opções de Copom da B3, 61% dos investidores apostam na alta de 0,25 ponto percentual (p.p.) da Selic, enquanto 37,50% veem uma manutenção.
A princípio, a estabilidade da taxa básica de juros era consenso no mercado, mas as falas recentes da diretoria do Banco Central (BC) reacenderam o viés de alta.
Para o Itaú — que defende a manutenção dos juros —, a decisão deve refletir o estágio avançado do ciclo, as perspectivas dos efeitos defasados e cumulativos da política monetária e o ambiente de incerteza elevado.
O economista-chefe, Mario Mesquita, pondera que o cenário doméstico apresentou sinais “ambíguos”. De um lado, a atividade econômica segue aquecida, as expectativas de inflação continuam desancoradas e os preços do petróleo registraram alta. De outro, os dados mais recentes de preços vieram abaixo do esperado e o real apresentou valorização.
Em linha, a XP Investimentos — que não vê novos ajustes na taxa — diz que a decisão é sustentada pelas medidas relacionadas ao Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), mesmo com a reversão parcial do aumento, e pelo comportamento do câmbio, que está mais forte do que o previsto.
O economista-chefe Caio Megale e sua equipe acreditam, no entanto, que a decisão será apertada, especialmente à luz de parte da comunicação dos membros do Copom.
“Membros do Copom transmitiram sinais mistos nas últimas semanas. Em alguns momentos, o foco era a manutenção dos juros em patamar restritivo por um período prolongado; em outros, o foco era a calibragem da taxa Selic terminal”, afirmam.
Os economistas dizem que uma nova alta dos juros faria sentido, considerando que a atividade continua robusta e as expectativas de inflação bem acima da meta.
O BTG Pactual é uma das instituições do mercado que defendem a alta de 0,25 p.p. da Selic. A economista Iana Ferrão afirma que a projeção é baseada, justamente, na sequência de indicadores que apontam “atividade resiliente e inflação de serviços ainda elevada, em um contexto de expectativas desancoradas”.
O banco também destaca que o momento atual é uma oportunidade para o Comitê reforçar sua credibilidade, por meio de um ajuste residual. “O Copom deverá aproveitar este momento para reforçar seu compromisso com a convergência da inflação à meta”, diz.
Veja as apostas de 10 casas para o Copom
Os analistas do mercado também estão divididos quanto à reunião desta semana, mas a maioria espera uma alta da Selic.
FonteMoneytimes
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