Com ciclo avançado e incertezas no radar, Itaú projeta Selic estável a 14,75% – Money Times

Com ciclo avançado e incertezas no radar, Itaú projeta Selic estável a 14,75% – Money Times


copom-banco-central-selic-juros Com ciclo avançado e incertezas no radar, Itaú projeta Selic estável a 14,75% – Money Times


(Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O Itaú está entre as instituições do mercado que projetam a manutenção da Selic no patamar de 14,75% ao ano na reunião desta semana. Para o banco, a decisão deve marcar o fim do atual ciclo de aperto monetário.

A decisão deve refletir o estágio avançado do ciclo, as perspectivas dos efeitos defasados e cumulativos da política monetária e o ambiente de incerteza elevado, diz o relatório assinado pelo economista-chefe, Mario Mesquita.

O Comitê de Política Monetária (Copom) deve reforçar o compromisso com a convergência da inflação à meta, seguindo a estratégia de permanecer com a taxa de juros em patamar contracionista por período prolongado. Além disso, deve sinalizar que não hesitará em retomar as altas, caso o cenário prospectivo de inflação se deteriore.

“O balanço de riscos para a inflação deverá seguir equilibrado, com riscos para ambos os lados e variância maior que a usual”, diz Mesquita.

O Itaú afirma que, desde a reunião do Copom de maio, o cenário doméstico apresentou sinais “ambíguos”.

O mercado de trabalho segue robusto, mas o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre ficou abaixo do consenso e os dados iniciais do segundo trimestre indicam moderação da atividade.

A inflação corrente permanece acima da meta, mas as divulgações recentes surpreenderam para baixo, sem deterioração adicional na margem. Já as expectativas têm mostrado estabilidade no Boletim Focus, ao passo em que as medidas de inflação implícita têm declinado substancialmente.

No câmbio, o real teve leve apreciação, enquanto os valores de commodities em moeda brasileira permaneceram relativamente estáveis. O aumento das tensões geopolíticas, no entanto, tende a elevar a volatilidade dos preços.

O economista do Itaú destaca ainda que, na comunicação recente, o Banco Central (BC) tem reforçado o tom de cautela adicional e flexibilidade, reforçando a dependência dos dados futuros.



FonteMoneytimes

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