Por que reunião na Alemanha pode definir sucesso ou fracasso da COP-30 em Belém
Iniciada nesta segunda-feira, 16, a conferência de Bonn, sede do secretariado das Nações Unidas para o clima, abre as negociações que têm como linha de chegada a COP-30, que será realizada no Brasil em novembro.
“Para ter assuntos debatidos e acordados na conferência, é necessário que esses pontos sejam tratados nessa etapa de Bonn”, explica o secretário executivo do Observatório do Clima, Márcio Astrini. “É como se fosse uma semifinal de um campeonato que termina em Belém.”
Ao longo das duas semanas da reunião anual entre negociadores na Alemanha, sem a presença de chefes de Estado, devem ser debatidas questões de adaptação climática, transição energética e financiamento.

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Segundo Astrini, colunista da Rádio Eldorado, do Grupo Estado, a etapa preliminar costuma dar o tom do desenrolar da COP a cada ano. Se as discussões caminharem bem, é um indicativo de sucesso para a COP em Belém.
Se não, pode repetir a falta de acordo ocorrida na COP-29, em Baku. No ano passado, em Bonn, os países passaram dez dias sem entrar em consenso sobre o que seria discutido.
Para Astrini, as guerras em curso podem ser um complicador para que haja acordo. Outra preocupação é com o financiamento, com tantos recursos sendo direcionados para os conflitos.
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Leilão de petróleo pode expor contradições do Brasil
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) vai oferecer a petroleiras 47 blocos de exploração de combustíveis fósseis na bacia da foz do Amazonas em um leilão realizado nesta terça-feira, 17.
Sendo o petróleo o principal responsável pelo aquecimento global e pela posição do Brasil de anfitrião da COP neste ano, o leilão deve repercutir na cobertura da semana de Bonn, segundo Astrini.
“É mais ou menos como se você fosse o anfitrião da reunião anual do Alcoólicos Anônimos, que você quer liderar por exemplo, e no meio da reunião fazer uma festa de inauguração do seu bar. Obviamente que são coisas contraditórias”, critica.
FonteInformoney
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