Veja como ficam os investimentos no Tesouro Direto com IR de 17,5%

Veja como ficam os investimentos no Tesouro Direto com IR de 17,5%



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O governo federal publicou em 11 de junho uma medida provisória (MP) que muda a tributação dos investimentos em renda fixa, incluindo os títulos do Tesouro Direto. A partir de 2026, a alíquota de Imposto de Renda (IR) sobre os rendimentos será fixa em 17,5%, substituindo o atual modelo regressivo.

Especialistas recomendam atenção ao planejamento e controle das operações para aproveitar as novas regras de compensação de perdas.

Como é hoje a tributação do Tesouro Direto

Atualmente, os rendimentos dos títulos públicos seguem a tabela regressiva do IR:

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  • 22,5% para aplicações de até 180 dias;
  • 20% de 181 a 360 dias;
  • 17,5% de 361 a 720 dias;
  • 15% acima de 720 dias.

Esse modelo favorece quem mantém o investimento por mais tempo, com redução da carga tributária ao longo do tempo.

Com a nova MP, a alíquota de IR será unificada em 17,5% a partir de 1º de janeiro de 2026, independentemente do prazo de vencimento do título. A medida vale para novos investimentos — os papéis adquiridos até 31 de dezembro de 2025 permanecerão com a tributação atual até o resgate.

A unificação simplifica o cálculo do imposto, mas reduz o incentivo para aplicações de longo prazo, que hoje contam com alíquotas menores.

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“Eu vejo como positiva a ótica da simplificação, [mas] tudo é sobre incentivos. Era uma ‘escadinha’, uma tentativa de incentivar investimentos de prazo um pouco mais longos, superiores a dois anos, mas fato é que [a MP] tira um pouco esse incentivo”, explica Rodrigo Sgavioli, head de alocação da XP. “Sob essa ótica, [o novo imposto unificado] é negativo”, avalia.

Compensação de prejuízos: atenção aos registros

Por outro lado, outra novidade da MP para os investidores é a permissão para compensar prejuízos em aplicações financeiras submetidos à alíquota de 17,5%, como explica Gabriel Campoy, Wealth Planning na XP Private. “É uma proposta de compensação ampla de perdas realizadas com qualquer ativo financeiro, seja ele de renda fixa e variável, e fundos de modo geral”, conta,

A compensação significa que o investidor obter restituição de imposto. Caso o IR retido na fonte durante o ano seja maior do que o imposto efetivamente devido após a contabilização de possíveis perdas (que podem não ocorrer na renda fixa, mas sim na renda variável), o contribuinte poderá recuperar parte do valor pago, desde que comprove suas perdas.

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Para isso, especialistas ouvidos pelo InfoMoney recomendam manter um controle rigoroso das operações, com registros detalhados, especialmente dos valores retidos e dos prejuízos acumulados. Esse planejamento será essencial na hora de fazer a declaração de imposto de renda de 2026.



FonteInformoney

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