Ibovespa acompanha Wall Street e fecha em queda com tensão no Oriente Médio; dólar fica estável a R$ 5,54 – Money Times

O Ibovespa interrompeu sequência de ganhos com escalada das tensões no Oriente Médio, mas perdas são limitadas por Petrobras (Imagem: Pixabay)
O Ibovespa (IBOV) foi “contaminado” pela escalada da aversão a risco global com o conflito entre Israel e Irã — que resultou na disparada de mais de 7% do petróleo e acendeu um alerta nas questões geopolíticas. Com isso, o índice interrompeu a sequência de ganhos consecutivos nas últimas três sessões.
Nesta sexta-feira (13), o principal índice da bolsa brasileira fechou aos 137.212,63 pontos, com queda de 0,43%. No acumulado da semana, o Ibovespa avançou 0,82%.
Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,5471, com recuo de 0,02% ante o real. Na semana, a divisa caiu 0,50% ante a moeda brasileira.
No cenário doméstico, os investidores reagiram a dados econômicos em segundo plano. Em destaque, as vendas no varejo caíram 0,4% em abril na comparação com o mês anterior, contra expectativa em pesquisa da Reuters de recuo de 0,8%.
A possível derrubada do decreto de aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e a medida provisória divulgada pelo governo nesta semana também ficaram no radar.
Sobre o conflito no Oriente Médio, governo brasileiro condenou os ataques de Israel contra o Irã e disse que a ofensiva isralense é uma ” clara violação à soberania” do Irã e ao direito internacional”.
O Itamaraty ainda afirmou que os ataques ameaçam “mergulhar toda a região em conflito de ampla dimensão, com elevado risco para a paz, a segurança e a economia mundial” e pediu o fim imediato da guerra.
Altas e quedas no Ibovespa
As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) figuraram entre as maiores altas do Ibovespa pela quarta sessão consecutiva e limitaram as perdas do índice.
Dessa vez, os papéis da estatal foram beneficiados pela disparada do petróleo. O contrato mais líquido do Brent, com vencimento em agosto, encerrou as negociações com alta de mais de 7% com a escalada das tensões entre Israel e Irã.
A ponta positiva do Ibovespa, porém, foi liderada por PetroReconcavo (RECV3), também na esteira do óleo bruto.
Já a ponta negativa foi liderada por CVC (CVCB3), pressionada pela escalada de aversão a risco global e, consequentemente, abertura da curva de juros futuros. Os papéis da companhia de turismo caíram mais de 8%.
Nos Estados Unidos, os índices de Wall Street fecharam em forte queda. A escalada das tensões no Oriente Médio abalou os mercados norte-americano com o aumento das incertezas sobre a dinâmica global.
Durante o dia, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou que sabia dos planos de Israel. Ele ainda disse que o Irã perdeu a oportunidade de fazer um acordo nuclear com os Estados Unidos, mas agora pode ter outra chance de negociar sobre a questão.
Confira como fecharam os índices de Nova York:
- S&P 500: -1,13%, aos 5.976,97 pontos;
- Dow Jones: -1,79%, aos 42.197,79 pontos;
- Nasdaq: -1,30%, aos 19.406,83 pontos.
Na Ásia, os índices também caíram de olho no conflito entre Israel e Irã. O índice Nikkei, do Japão, caiu 0,89%. Já o Hang Seng, de Hong Kong, teve recuo de 0,59%.
Na Europa, o índice pan-europeu Stoxx 600 encerrou o dia com baixa de de 0,89%, aos 544,94 pontos.
FonteMoneytimes
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