Segurança é um desafio para o BC em relação ao Pix, diz chefe-adjunto

Segurança é um desafio para o BC em relação ao Pix, diz chefe-adjunto


“Temos a impressão de que, no fim do dia, é o cachorro correndo atrás do rabo”. É assim que o chefe-adjunto do Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central (BC), Breno Lobo, descreve o desafio de superar fraudadores e golpistas que cometem os crimes por meio do Pix.

Este é um tema central para o BC e está entre os principais desafios relacionados ao meio de pagamento que cumpriu, na avaliação de Lobo, tem cumprido seus principais objetivos, como redução da quantidade de saques, uso de dinheiro, aumento da digitalização e redução de custos.

“Desde que construímos o Pix, a segurança foi um pilar fundamental. Nenhuma pessoa ou empresa usaria o meio de pagamento se não fosse seguro”, disse em um painel do evento Febraban Tech na última quarta-feira (11). “O problema é que fraudadores e golpistas são muito profissionais.”

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Segundo Lobo, o BC tem que sempre estar dois passos à frente dos criminosos, que avançam um a todo momento.

Para outubro deste ano o Banco Central já definiu que instituições financeiras devem implementar o Autoatendimento do Mecanismo Especial de Devolução (MED), uma solução de contestação de transações dentro dos próprios aplicativos bancários.

A ideia, explica Lobo, é que o MED facilite a devolução de recursos transferidos em fraudes após bloqueio na conta dos fraudadores. O BC estabeleceu que os bancos incluam a funcionalidade a partir de 1º de outubro.

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Dentro do tema de segurança, o relacionamento do Banco Central com as instituições financeiras é até diferente de outros grupos de trabalho. “No grupo de segurança, o mercado é quem chega com propostas para o BC, que analisa, acata, desenvolve novas ferramentas”, explica Lobo. Participam do grupo 23 associações em agendas recorrentes.

Novidades do Pix para 2025

Entre os principais focos de trabalho envolvendo o Pix para 2025 estão o Pix automático, cujo lançamento ocorre na próxima segunda-feira (16), e o Pix parcelado, com previsão para setembro.

O Pix automático funciona como um débito automático, uma transação agendada recorrente para contas como luz, água, telefone ou outros serviços. O BC defende que a solução deve beneficiar quem paga e quem recebe o valor. “É como se fosse um debito em conta mas trazendo muito mais inovação e possibilidades de caso de uso usando a tecnologia do Pix”, aponta Lobo.



FonteInformoney

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