Rumo (RAIL3) sobe mais de 1% após anúncio de dividendos bilionários; é hora de comprar as ações? – Money Times

Rumo (RAIL3) sobe mais de 1% após anúncio de dividendos bilionários; é hora de comprar as ações? – Money Times


rumo-rail4-day-trade Rumo (RAIL3) sobe mais de 1% após anúncio de dividendos bilionários; é hora de comprar as ações? – Money Times


A companhia anunciou o pagamento de dividendos de R$ 1,5 bilhão para acionistas que estiverem na base até 16 de junho (Imagem: Money Times)

As ações da Rumo (RAIL3) operam entre as maiores altas do Ibovespa (IBOV) nesta quinta-feira (12), destoando da aversão a risco no cenário doméstico. 

Por volta de 12h (horário de Brasília), RAIL3 registrava avanço 1,04%, a R$ 19,43, após leilão por oscilação máxima permitida na B3. 

O motivo por trás da alta é o anúncio de dividendos extraordinários. A companhia pagará R$ 1,5 bilhão em dividendos — sendo R$ 0,81 por ação. 

O valor será pago em 25 de junho e distribuído para os acionistas que estiverem na base acionária até a próxima segunda-feira (16). A partir de 17 de junho, a ação será negociada ex-dividendos.

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Surpresa positiva 

Para a XP, o anúncio de dividendos pela Rumo é positivo e já vinha sendo considerado uma “alternativa viável” de alocação de capital. 

“Essa distribuição é particularmente relevante, representando um aumento significativo em relação aos cerca de R$ 350 milhões distribuídos nos últimos 10 anos”, afirmaram os analistas Pedro Bruno, Matheus Sant’anna e João Ramiro. 

Na visão deles, o anúncio reforça a confiança da companhia nos resultados futuros, após um início de ano “desafiador”, com melhorias relevantes recentes nas previsões de produção de grãos, na precificação logística e no desempenho de custos no primeiro trimestre (1T25).

Na mesma linha, o BTG Pactual considera que o dividendo atual sinaliza uma nova fase de equilíbrio entre crescimento e retorno ao acionista, “fortalecendo a atratividade da ação em um momento de valuation descontado”. 

O Goldman Sachs destaca que a distribuição de dividendos não deve impactar a alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, da Rumo. “O valor total representa um aumento na alavancagem de apenas 0,2 vezes dívida líquida/Ebitda, enquanto a empresa apresentava uma confortável alavancagem de 1,6 vezes dívida líquida/Ebitda no 1T25”, escreveram Bruno Amorim, João Frizo e Guilherme Martins, em relatório. 

Já o Bradesco BBI espera impactos na geração de caixa da companhia. “Acreditamos que, embora a Rumo reporte melhora significativa nos resultados em 2025, à luz da orientação  de investimentos de R$ 5,8  bilhões a R$ 6,5 bilhões e nossa estimativa de pagamento de juros de R$ 3,2 bilhões, a geração de caixa pode ser prejudicada este ano”, afirmaram André Ferreira e José Ricardo Rosalen. 

Eles ainda destacam que o pagamento de dividendo pode reduzir “um pouco” a flexibilidade para a empresa, já que a empresa tem a fase 1 do projeto do Rio Verde para concluir em 2026 além das fases 2 e 3 que podem demandar aproximadamente R$ 10 bilhões em investimentos. 

E a Cosan? 

Para os analistas do Goldman Sachs, a notícia também é positiva para a Cosan (CSAN3), que é a controladora da Rumo. “No entanto, acreditamos que isso, por si só, não seria suficiente para elevar o índice de cobertura de juros da Cosan a níveis saudáveis”. 

O Bradesco BBI calcula que a companhia deve receber R$ 450 milhões em dividendos — “o que deve ajudar o índice de cobertura de juros a se manter acima de 1x até o final do ano”, afirmaram os analistas Vicente Falanga e Ricardo França. 

Já o BTG Pactual destacou que a distribuição de dividendos da Rumo “levanta a dúvida se não seria também um suporte à controladora Cosan em seu processo de desalavancagem”, apesar de ser uma resposta às críticas sobre ausência de retorno ao acionista. 

É hora de comprar Rumo? 

Na avaliação do BTG Pactual, a Rumo negocia a múltiplos baixos e tem ficado atrás de outros nomes. RAIL3 acumula alta de 9,50% de janeiro até agora. 

“O fraco desempenho operacional no 1T25 e os altos investimentos explicam parte da performance. No entanto, os dados de maio mostraram melhora nos preços e volumes de frete, o que pode ajudar na reprecificação”, afirmaram os analistas. 

O banco reiterou a recomendação de compra com preço-alvo de R$ 25 , o que representa um potencial de valorização de 30% sobre o preço de fechamento anterior. 

A XP também manteve a classificação de compra para RAIL e tem preço-alvo de R$ 28, o que implica em um potencial de alta de 45,6% sobre o preço da última quarta-feira (11). 

Já o Goldman Sachs tem recomendação neutra para os papéis, com preço-alvo de R$ 21, o que representa uma valorização de 9,2% nos próximos 12 meses. 



FonteMoneytimes

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