Mercado de capitais capta R$ 43,6 bi em maio, menor nível desde janeiro de 2024
O mercado de capitais brasileiro captou R$ 43,6 bilhões em maio de 2025, o menor volume mensal registrado desde janeiro de 2024, quando foram levantados R$ 21,19 bilhões, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (11) pela Anbima.
O resultado representa queda também em relação aos R$ 47,4 bilhões de abril, fica longe dos R$ 76,81 bilhões de maio, e ainda mais distante do do pico observado em dezembro de 2024, quando o mercado atingiu R$ 101,93 bilhões em captações.
As debêntures lideraram novamente as emissões, somando R$ 28,7 bilhões, ou 65,9% do total. Cerca de 31% desse montante corresponde a debêntures incentivadas. A principal destinação dos recursos foi o financiamento de projetos de infraestrutura, com 32,4%.

Houve mudança no perfil dos investidores. Fundos de Investimento responderam por 54,8% das subscrições de debêntures em maio, frente a 35,4% em abril. Já os intermediários financeiros e participantes ligados à estruturação das ofertas, que detinham 64,6% no mês anterior, recuaram para 45,2%.
No caso das debêntures incentivadas, a participação dos fundos aumentou 6,8 pontos percentuais, enquanto os intermediários mantiveram a liderança com 46,4%. Também foi registrada queda no prazo médio dos papéis, de 8,29 para 6,35 anos, indicando maior cautela diante da instabilidade econômica.
No segmento de securitização, os CRAs somaram R$ 2,8 bilhões e tiveram aumento de 22,7% na participação de pessoas físicas. Já os CRIs recuaram para R$ 2,7 bilhões, frente aos R$ 4,3 bilhões de abril. Os FIDCs captaram R$ 5,8 bilhões, com crescimento no número de operações.
Continua depois da publicidade
Entre os híbridos, os FIIs caíram de R$ 4,3 bilhões em abril para R$ 522 milhões, enquanto os Fiagros recuaram para R$ 23 milhões. Em renda variável, maio registrou a segunda oferta subsequente (follow-on) do ano, de R$ 635 milhões. O mercado primário (IPOs) segue inativo desde janeiro de 2022. No exterior, emissões em bonds somaram R$ 120 milhões.
FonteInformoney
Publicar comentário