Dólar interrompe sequência de perdas e sobe a R$ 5,57 mesmo com IPCA abaixo do esperado – Money Times

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O dólar interrompeu a sequência de perdas e encerrou a sessão em leve alta com commodities; IPCA limitou a queda do real (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)

O dólar interrompeu a sequência de três perdas consecutivas ante o real com o enfraquecimento das commodities. Dados de inflação no Brasil e expectativa de novidades sobre as negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China movimentaram o câmbio.

Nesta terça-feira (10), o dólar à vista (USDBRL) encerrou as negociações a R$ 5,5704, com alta de 0,14% ante o real. 

O movimento acompanhou a tendência vista no exterior. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, subia 0,10%, aos 99,043 pontos.

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O que mexeu com o dólar hoje?

O dólar iniciou a sessão em queda ante o real, com a desaceleração da inflação brasileira. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,26% em maio — uma desaceleração em relação à alta de 0,43% apurada em abril.

O resultado também ficou abaixo do esperado. A mediana das projeções coletadas pelo Money Times apontava uma alta de 0,34% no mês passado.

Em 12 meses, a inflação acumula alta de 5,32% — abaixo da expectativa de 5,40%.

Para o economista-chefe do BMG, Flávio Serrano, o IPCA surpreendeu na magnitude, mas não na trajetória. “Esperávamos que o IPCA começasse a acomodar, o que se estenderia para os meses de junho e julho. Isso continua prevalecendo”, afirmou.

As discussões sobre o plano de compensações ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) continuaram a concentrar as atenções dos investidores. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que o governo vai propor uma alíquota unificada de 17,5% de Imposto de Renda sobre rendimentos de aplicações financeiras.

Ele disse que também será proposto aumentar tributação de Juros sobre Capital Próprio (JCP) de 15% para 20%.

Em entrevista a jornalistas após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro disse que enviou as medidas à Casa Civil nesta terça-feira (10). A expectativa é que uma medida provisória (MP) seja divulgada ainda nesta semana.

O mercado ainda acompanhou novas declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo — que evitou comentar sobre a política monetária. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC acontece na próxima semana e o período de silêncio dos membros do colegiado começa oficialmente amanhã (11).

Apesar das movimentações, o real perdeu força com as commodities. Países emergentes e exportadores de matérias-primas, como o Brasil, são impactados diretamente pelo preços das commodities, como o minério de ferro e petróleo — que fecharam as negociações em queda. 

Dólar sobe também no exterior

O dólar também ganhou força ante as moedas globais. Os investidores acompanharam o andamento das conversas entre os EUA e China, em Londres. Segundo a Reuters, os dois países concluíram as negociações comerciais, mas ainda não há detalhes sobre os resultados.

As tratativas entre as duas maiores economias do aconteceram após uma conversa telefônica entre Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, na semana passada. No início de maio, os países concordaram em reduzir as tarifas recíprocas por 90 dias.



FonteMoneytimes

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