Trump reclama pela segunda vez que negociar com a China “não é fácil” – Money Times

Donald Trump segue reclamando que a China é um adversário duro nas negociações (Imagem: REUTERS/Brendan Mcdermid)
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que “a China não é fácil” ao fazer um balanço do primeiro dia da rodada de negociação entre os países que ocorre em Londres. Representantes dos dois lados voltam à mesa na manhã desta terça-feira na tentativa de chegarem a um ponto final na guerra comercial.
Apesar de também ter dito que as conversas “estão indo bem”, essa é a segunda vez em apenas uma semana que Trump reclama da dificuldade de negociar com os chineses. Na terça-feira (3), o presidente americano já havia dito que líder chinês Xi Jinping é “extremamente difícil de fazer um acordo”, ao mesmo tempo que disse sempre ter gostado dele.
Apesar do mau humor, Trump disse a repórteres na Casa Branca nesta segunda-feira que está confiante em um acordo. “Só estou recebendo bons relatórios [de Londres].”
O primeiro dia de encontro teve mais de seis horas de reunião no Lancaster House, uma mansão do século XIX próxima ao Palácio de Buckingham. A previsão é que o segundo dia de conversas se iniciem as 10h (horário local).
A delegação dos EUA foi liderada pelo secretário do Tesouro, Scott Bessent, com o secretário de Comércio Howard Lutnick e o representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer. Pela China estavam o vice-primeiro-Ministro, He Lifeng, o ministro do Comércio Wang Wentao e seu vice Li Chenggang, o representante comercial do país.
Bessent disse a repórteres em Londres que tiveram uma “boa reunião”, e Lutnick chamou as discussões de “frutíferas”.
Horas antes do segundo dia de negociações, a conta Yuyuantantian — afiliada à emissora estatal CCTV — afirmou que Pequim está sinceramente engajada nas conversas comerciais com os EUA, mas que também é firme em seus princípios. “A China já deixou claro que os EUA devem encarar com realismo os progressos feitos e revogar medidas negativas contra a China”.
Avanços e sinalizações
Os EUA sinalizaram disposição para remover restrições sobre algumas exportações de tecnologia em troca de garantias de que a China está flexibilizando os limites às exportações de terras raras — essenciais para uma ampla gama de produtos de energia, defesa e tecnologia, incluindo smartphones, jatos de combate e hastes de reatores nucleares. A China responde por quase 70% da produção mundial de terras raras.
Questionado sobre a possibilidade de os EUA suspenderem os controles de exportação, Trump foi evasivo: “Vamos ver”.
“A China vem explorando os Estados Unidos há muitos anos”, disse o presidente norte-americano, acrescentando que “queremos abrir a China”.
A primeira rodada de negociações desde que as delegações dos países se reuniram há um mês visa restaurar a confiança de que ambos os lados estão cumprindo os compromissos feitos em Genebra.
Apesar da trégua de 90 dias, o comércio não se recuperou em maio, com as exportações chinesas para os EUA caindo no maior ritmo desde o início da pandemia e as importações dos EUA caindo quase 20% no mesmo mês.
Com informações Bloomberg
FonteMoneytimes
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