Almir Garnier: Não ouvi comandante ameaçar prender presidente

Almir Garnier: Não ouvi comandante ameaçar prender presidente


O ex-comandante da Marinha, Almir Garnier, prestou depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (10), negando ter conhecimento de qualquer ameaça de prisão ao presidente da República durante reuniões da alta cúpula das Forças Armadas.

Durante o interrogatório conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, Garnier foi questionado sobre sua participação em encontros onde teria havido menção à possibilidade de prender o chefe do Executivo.

No entanto, o ex-comandante respondeu categoricamente: “Não, senhor”. Ele acrescentou que só tomou conhecimento de tais alegações através da imprensa, classificando-as como “surreais”.

Garnier enfatizou que ações dessa natureza não fazem parte das normas e da hierarquia disciplinar das Forças Armadas.

“Não faz parte das normas das Forças Armadas, da hierarquia disciplina, atitudes dessa natureza com esse contexto”, afirmou.

Preocupações das Forças Armadas

Quando questionado sobre o contexto em que teria supostamente colocado suas tropas à disposição, Garnier negou veementemente ter usado essa expressão.

No entanto, ele admitiu que havia preocupações entre as Forças Armadas.

Segundo o ex-comandante, a principal apreensão era relacionada à possibilidade de manifestações de rua se transformarem em tumultos que pudessem fugir ao controle dos órgãos de segurança pública.

Garnier explicou que, nesse cenário, as Forças Armadas poderiam ser chamadas como “último bastião” para conter a situação.

“Preocupação com a questão das pessoas na rua insatisfeitas, que isso pudesse descambar para quebra-quebra, para algo que os órgãos de segurança pública pudessem vir a perder o controle, ou imaginarem que isso poderia acontecer, e isso traria responsabilidade normalmente para o último bastião desse negócio, que são as Forças Armadas”, esclareceu Garnier.

O ex-comandante ressaltou que as Forças Armadas estão sempre prontas para cumprir suas missões constitucionais, mesmo que nem sempre com todos os recursos necessários. Ele concluiu afirmando que suas declarações anteriores foram tiradas de contexto e mal interpretadas.



FonteCNN Brasil

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